Por muito tempo, o Brasil ocupou uma posição central no debate sobre governança de dados, bem como em diversos debates relacionados à proteção e defesa dos direitos do cidadão e da população mais vulnerável do país. Atualmente, com o avanço das tecnologias desenhadas por setores que não contemplam a perspectiva da diversidade, e fazem conjunto com a deterioração geral dos índices sociais humanos diante da maior crise humanitária e política já vivida, o país tem suscitado preocupações sobre o fosso para as desigualdades e a violência que se alastrou e se intensificou também no ambiente digital por questões estruturais.

O Instituto da Hora é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 2020 por mulheres negras e indígenas e liderada pela cientista da computação Nina da Hora, para descentralizar o conhecimento científico, potencializar narrativas antirracistas na tecnologia e emancipar os direitos digitais no Brasil.